terça-feira, 17 de novembro de 2009

Ostenta que és mãe!

Nos dias atuais temos dificuldade para definir o que somos, pois confundimos o nosso ser com aquilo que fazemos. Costumamos perguntar às crianças: “o que você vai ser quando crescer?” Quando na verdade queremos saber o que ela pretende fazer, que atividade ela pretende desempenhar na sociedade. Isto é revelador no que tange ao comportamento social relacionado ao status. É costume na sociedade atual valorizar a pessoa pelo que ela faz, porque existe uma relação entre fazer e produzir. Produzir não apenas compreendido no sentido econômico estrito, mas também como forma de retribuição social, como contributo para a “construção de um mundo melhor”.

Ao compararmos este modo de pensar com aquele que mede o valor da pessoa proporcionalmente ao que ela possui, pode nos parecer um avanço, mas não é. Tanto num caso como noutro a dignidade da pessoa humana e, por vezes, até mesmo a própria condição humana está dada por algo externo, alheio a sua essência. Aqui encontramos uma questão interessante relacionada à identidade. Ao nos definirmos pelo que fazemos limitamos a realização da nossa existência ao trabalho, ao ativismo, ou a qualquer outra ocupação que nos pareça nobre.

É por isso que nos parece tão difícil o dilema: maternidade versus carreira. Aparentemente estamos tratando de coisas que estão no mesmo patamar, porém o exercício de uma profissão, ainda que traga algum sentimento de realização pessoal, não é capaz de satisfazer nossa humanidade. Para tanto necessitamos levar à plenitude a nossa essência, permitir que nossa natureza feminina transcenda a própria existência e supere todo o egoísmo. Isto é o que a maternidade nos proporciona! E é isto que a sociedade necessita de nós: que não tenhamos medo, nem vergonha de ser o que somos! Mulheres, mães! Portanto, ostenta que és mãe e seja feliz!

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