Caríssimos leitores, estive afastada por longo período. Nos mudamos do Rio Grando do Sul para o Distrito Federal, algo muito difícil para os pequenos que tiveram de deixar os amigos, a escola, as professoras e todos os "tios" e "tias" que haviam conquistado em quase três anos de Pelotas. É verdade que nada disso se perde, pois cada uma dessas pessoas marcaram nossas vidas e são recordadas pelos meus filhos de forma muito carinhosa.
As crianças têm um jeito muito simples de lidar com as ausências: elas contam histórias e fazem perguntas. Por vezes chega a ser desconcertante a pureza com que vêm a vida. Meu filho, Pedro Javier, de quatro anos, sempre pergunta: mamãe a Catarina ainda é minha amiga, não é? Ao que eu repondo: claro! Meu filho, a Catarina é tua amiga! Ele abre um sorriso tão sincero que ilumina o ambiente. Já a Miriam, de dois anos, ficou muito impressionada por ter acompanhado a gravidez da tia "Andréa", mas não conheceu o José Francisco, que nasceu na semana seguinte a nossa mudança. Tudo o que acontece de muito diferente ela diz: Foi o "Jujé Fuxico", né mãe?
Sei que pode parecre muito difícil essa situação, longe da família tudo fica mais complicado, porém aprendemos muito mais uns com os outros. Temos de resolver tudo e aprendemos a apoiar-nos mutuamente. A coisa que realmente me alimenta afetiva e efetivamente todos os dias é ver o brilho nos olhos dos meus filhos. Vejo que eles são felizes não por estarmos aqui ou ali, mas porque estamos juntos!
Por ora é isso que queria partilhar com vocês.
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