terça-feira, 28 de setembro de 2010

Maternidade: entre a realização e a culpa

A culpa parece ser o sentimento mais comum na modernidade. Já disse nesse blog que pode parecer um contrassenso, visto que o hedonismo apregoado e cultuado nos dias atuais pressupõe uma consciência acomodada, ou seja, livre de princípios que possam atentar contra a regra básica: seja feliz! Entenda o seja feliz por: curta a vida, aproveite bem as benesses e livre-se dos incômodos.


No entanto, essa mesma sociedade nos cobra muito, espera de nós determinadas atitudes. No caso das mulheres: tenha uma carreira, ganhe seu dinheiro, seja independente economicamente, tenha sua casa, seu carro, faça faculdade, mestrado e doutorado. Para que isso ocorra use toda a força da sua juventude!

O que ocorre é que nessa busca nos deparamos com nossos anseios e com nosso próprio ser. Também encontramos outras histórias e outras pessoas que mudam a nossa história, a nossa trajetória. É aqui que começa o sofrimento: como conciliar tudo o que eu sempre pensei ser O importante, tudo o que esperam de mim e ainda incluir novas prioridades? E mais, como incluir o que realmente importa, aquilo que de fato me realiza?

Bem, vamos conversar um pouco sobre isso, vamos tratar de encontrar meios de reformular nossas prioridades e de nos realizarmos enquanto mulheres. E faremos isso de modo pleno, preservando nossa essência, quanto mais conhecermos o ambiente que nos cerca e nossa própria condição de mulher no mundo.

Nas próximas postagens vamos iniciar falando sobre maternidade e trabalho.

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